Boas noticías na Banda

Um dia fortemente atípico na Banda.
1º De manhã vieram arranjar o gerador (mesmo!!)
2º Ainda de manhã o gerador funcionou!
3º O Gerador funcionou de novo à noite!
4º Começaram a instalar televisões e boxes na casa!
Só faltou mesmo termos canais de tv para ser um dia perfeito!

À vigésima primeira hora do primeiro ano da banda

Fez-se luz. É oficial, temos gerador.

Kit sobrevivência na Banda

Chinelos - Calçado mais prático na banda;
Calções - Roupa tipica da banda;
Toalha de praia  - Para o principal hobby dos tugas na banda ao fim de semana. No entanto, alguns elementos preferem secar ao sol;
Óculos de sol - Para quem tem problemas com a luz;
Protector solar - Para proteger durante a execução do hobby principal;
Mephaquin (Malarone para outros) - Medicamentos contra a malária. No entanto existe quem diga que pode ser substituido pela água tónica, ou até mesmo pela própria malária;
Repelente de Mosquitos - Para afugentar os mosquitos. Alguns elementos dizem que não é necessário;
Garrafa de água - Para qualquer eventualidade visto a água da torneira não ser potável;
Barra energética - Prático de transportar no bolso. Serve para enganar a fome nas longas filas de trânsito ou durante o tempo de espera para entrevistas no SME;
Baralho de cartas - Prático de transportar. Serve para passar o tempo durante os longos tempos sem electricidade ou tv na Banda. Em casos mais extremos serve também para passar o tempo durante os longos tempos de espera para entrevistas no SME;
Telemóvel - Prático para contactar os amigos, mas também para poder dar como recompensa para um assaltante. Lembrar sempre de pedir o cartão porque tem a lista dos números de telefone dos amigos; É essencial que tenha lanterna para poder ser utilizado durante a noite quando falta a luz;
Bola de praia - Serve para divertir durante os tempos mortos na praia. Serve para enganar alguns tugas que nos ameaçam esmagar com cargas de ombro;
Chapéu de sol - Muito útil para proteger os tugas do forte sol tropical;
Cartão de crédito - Muito util para pagar as contas dos faustos repastos cá da banda. Util também para pagar os serviços de algumas pessoas que nos livram do peso a troco de nada;
Imodium - Medicamento muito utilizado para os desarranjos... Absolutamente indispensável;
Livro de bolso - Igual ao baralho de cartas mas para quando estamos sozinhos.
Máquina fotográfica - Serve para tirar fotos ou gravações do que se vai passando na Banda. Util também para pagar os serviços daquelas pessoas que nos livram do peso a troco de nada;

Legenda: SME - Serviço de Migração e Estrangeiros.

P.S - Acabou de haver a corte de luz, pelo que estas últimas linhas foram escritas com a casa completamente às escuras. (Sim, já se está a tornar um tanto ou quanto repetitivo, mas ainda não temos gerador a funcionar);
P.S.2 - Sinto-me de volta ao campismo. Não tenho electricidade e consequentemente de água , não tenho tv (Mesmo quando tenho electricidade). A única diferença para a minha infância é mesmo o ter que ir trabalhar amanhã!

Top palavras

Estudo da Gartner, divulga a lista de palavras/expressões mais usadas e ouvidas até agora:
- Gerador
- tá sair male
- notinow (motinow?, matinau?)
- doque
- noque
- a camisa, camisola que é novidade
- pontos
- passo
- A felicidade
- Chillout
- Healing potion
- suga mama
- Roxanne
- Babilônia
- Cabo Ledo

DEFA 1 - Equipa de formação 1

Despeço-me com amizade até ao próximo post :)

Mais um domingo sem luz nem água...

Mais um domingo sem luz nem água.... Não tenho palavras que descrevam esta situação, por isso uso as palavras do Puto Português...

Despeço-me com amizade até ao próximo post... isto se ainda tiver bateria no portátil e se houver net...

O problema de ter as coisas a funcionar ao mesmo tempo

Pareceu na sexta-feira que íamos ter um fim-de-semana atípico. Ao chegar a casa não tínhamos electricidade – ok, isto é normal. O que não foi normal foi depois de termos avisado quem era de direito, o sr. ter demorado apenas 20-30min a chegar e depois outros tantos a fazer a reparação. Ok, faltava substituir um "relay" do gerador que não estava muito bom, mas aparentemente isto não devia ser fundamental porque vi, finalmente, o motor a funcionar. Mais uns testes e ficámos "descansados". Pelo menos até ao dia seguinte, em que acordámos não havia luz e o gerador serviu perfeitamente de backup. Excelente. De tarde vieram-nos trazer a 2ª botija de gás, antes da 1ª ter acabado.

Algo de estranho se estava passar, não estamos habituados. Mas, eis que surge o regresso à normalidade.

A nossa empresa de telecomunicações passou grande parte de 6ª e Sábado sem funcionar. Mensagens e Internet foi qualquer coisa de raro. No início da noite até tínhamos pensado em ver o jogo de Portugal em casa, mas não conseguimos. A emissão de TV também deixou de funcionar uns minutos antes do início da partida. Menos mal, fomos a um novo restaurante com esplanada que descobrimos perto de casa e até se passou muito bem o serão. E, para cúmulo, depois de chegar a casa, ao mesmo tempo que telemóveis davam sinal de vida, a Internet deixou de o fazer (a empresa de telecomunicações estava claramente em grande).

Hoje de manhã, sem luz, o gerador já não estava a pegar. Já telefonámos a quem é de direito e "talvez" tenhamos sorte de manhã. Mas nem tudo está perdido, ao menos, parece que a Internet já voltou. Estou para ver quando é que conseguimos ter tudo a funcionar ao mesmo tempo. Se é que alguma vez vamos ter :)

A Banda não é para meninos

Mais um fim-de-semana cheio de notícias, que passo a descrever...
Esta sexta-feira conheci finalmente o sr que conserta o geradores. Quando eu estava pensar que ele era um mito, eis que a realidade me vem provar o contrário. (Ora toma lá que é para aprenderes). Para melhorar ainda mais o cenário houve um corte de luz logo no sábado de manhã e o gerador não só arrancou automaticamente, como para meu espanto ainda conseguiu colocar a energia produzida no circuito electrico da casa. Conclusão, deixamos de ter um mono, e passamos a ter um gerador que funciona. Adeus ó cortes de luz!
Mas o sábado não trouxe só esta boa noticia. Ao final da manhã trouxeram-nos uma bilha de gás de reserva!! Agora até se pode acabar o gás da bilha que conseguimos continuar a cozinhar!!
Ahhhhh! Nada como haver boas condições!! E ainda nem passou um mês desde que chegamos!
Pouco depois destas duas boas notícias, começamos a cair na nossa realidade... Os telefones começaram a ficar incontactáveis e de seguida deixamos de ter internet. Felizmente ainda havia a TV para ver o jogo da selecção, certo? Infelizmente, ficamos sem TV também... E lá tivemos que nos por a andar para ver o jogo de bola no restaurante S. João.
Felizmente estava uma noite agradável. Uma boa petiscada, algumas cucas e uma boa companhia ajudam a repor a moral depois de mais um dia em que as coisas não correram bem para o nosso lado.
Cada vez mais me convenço que a banda não é para meninos...

Contagem de tempo

Ora bem, estamos há 3 semanas e pouco em Angola. Como isto não é para meninos, decidimos incorporar um esquema de medição de tempo semelhante a "anos de cão" - ou seja, um mês na Banda equivale sensivelmente um ano em Portugal (tempo dito normal). Quando tive EUA aconteceu-me uma coisa semelhante, por isso não é do hemisfério Sul. Andar a efectuar pagamentos sem facturas a polícias também não ajuda, mas também não me estou a queixar, faz tudo parte da "experiência" :)

Devaneios à parte, o que quero dizer é que já parece que saímos há um ano de Portugal... (quase que sinto o início de uma rotina a aparecer) e que começámos a experimentar este tempo maravilhoso (ainda contínuo maravilhado com o clima tropical de cá). Lembrei-me disto porque estou a ver que temos que ir comprar um bolo de aniversário na próxima semana, uma vez que vai fazer "um ano" sobre a nossa chegada.

E uma menção honrosa ao "Pão Doce" em Luanda - que não é apenas uma cantina "inspectacular" onde somos diariamente muito bem atendidos (com os 3 pratos da praxe - carne, peixe e bacalhau). É também uma excelente pastelaria, com um bolo de bolacha de fazer inveja a muita gente.

Mais um aniversário da Banda

E temos mais um aniversariante...

Depois de muita pesquisa, descobri que uma das pastelarias recomendadas para a compra de um bolinho de aniversário era a nossa "cantina". A nossa "cantina" é uma pastelaria/restaurante onde temos ido quase todos os dias almoçar e que fica bem perto do escritório, chama-se "Pão de Leite".

Acabámos por optar por uma magnífico bolo de bolacha :)

Parabéns Nuno

Despeço-me com amizade até ao próximo post :)

Os serviços na banda

Parece incrível, mas já passaram mais de três semanas desde que os primeiros três tugas meteram os pés na Banda.
Eu diria que a julgar por este conjunto de histórias que vos temos contado poderiamos dizer que estamos por cá vai para 9 meses! Mas adiante... a história de hoje diz respeito aos vários serviços prestados aqui na Banda. (Ou... claro, à falta deles!) Passo a explicar:
Em três semanas conseguimos ter perto de uma dezena de cortes de luz, sem nunca nos terem arranjado o gerador. No entanto, apareceram por cá para cima de uma dúzia de vezes! (Confesso que para mim o sr que arranja o gerador é um mito, porque nunca o vi apesar de me dizerem que existe!) Dizem-me que trocaram a bateria. Dizem-me que trocaram o depósito de combústivel, coisa que eu posso confirmar, visto que enquanto o primeiro depósito tinha 500L e estava roto já o segundo estava roto mas tinha 1000L!)
A tv e as várias boxes independentes por quarto são também uma miragem. Confesso que alguns quartos até têm tv, mas box ou cabo de antena nem vê-la. Honrosa excepção ao quarto de um dos bravos tugas, que funciona box e tv, embora tenha que levar com o mesmo canal que o resto dos tugas está a ver na sala.
Os ares condicionados que estavam bons à 3 semanas são os mesmos que estão agora, tal como os que estavam avariados.
A torneira que faltava, cuja falta fazia um desperdicio de água para uma banheira, que por acaso também está rota, continua avariada tal e qual estava no dia 2. O que leva a que um dos quartos esteja em permanente inundação. (Diria que está a bater o recorde de Reguengos do Alviela!!)
O Gás que já pedimos para ligarem a segunda bilha, continua a gastar-se dia após e dia e nunca nos vieram fazer a entrega.
E por fim, o serviço de internet móvel, no mesmo grupo de pessoas, para uma mesma empresa, é possível ter vários tarifários simultâneos, que vão mudando sem que se perceba muito bem como, que permite consumos tão dispares como 2Gb por recarga ou 100Mb por recarga de igual montante. Neste item, note-se, que também é possível mudarem a modalidade de pagamento de pré-pago para pós-pago, sem no entanto atribuirem um plafond mensal ao pós-pago, fazendo que os bravos utilizadores tenham que continuar a pagar recargas. A juntar a isto, ninguém na operadora é capaz de nos explicar o que se passa, nem resolver o nosso problema. Nos últimos tempos nem nos atendem tão pouco do call-center!!
Acho que vou estranhar um pouco isto quando voltar à tuga...

Polícias

Ora bem, deixem-me relatar isto de uma forma abreviada:

Situação 1, Contexto: Está a chover, é de noite e nunca tinha passado por aquele sítio e estamos meio perdidos com vontade de chegar depressa a casa.

• Ao subir uma rua existe um sinal de proibido virar à direita.
  
• Chegamos a um sítio manhoso e decidimos inverter a marcha.
  
• Ao descer essa rua no sentido oposto existe um sinal de proibido virar à esquerda.
  
• Decidimos (não fui apenas eu, apesar de haver um voto contra, é verdade) ir em frente.
  

  (em minha defesa, a rua até era larga para haver 2 sentidos)
  

Mandam-nos parar, insistem que há um sinal a dizer que é proibido seguir em frente e que nos vão mostrar para não acharmos que estão a inventar. Ora usando o esquema de sinais que indiquei, a conclusão óbvia é que era proibido seguir em frente, pelo que cometi uma infracção muito grave. Ora bem, resolveu-se tudo sem grandes confusões, 3 notinhas verdes e conseguimos alugar uma escolta policial até casa. Muito bom, aliás, num entroncamento mandam parar um dos sentidos para o nosso carro conseguir passar sem problemas. Na realidade limitámo-nos a pagar um serviço.

Situação 2, noutro post :)

O Candongueiro...

Candongueiro é, em Angola, um dos nomes usados para se referir aquelas carrinhas azuis, aquelas que constituem o principal meio de transporte no país. A realidade é que só quem já as viu é que sabe o verdadeiro significado do que é um Candongueiro...Deixo aqui mais umas chapas na tentativa de partilhar este significado tão importante...

1) Quantas pessoas leva um candongueiro?


2) Quanto aguenta um candongueiro?


3) O candongueiro tem uma faixa destinada ao mesmo?



4) Para que serve um candongueiro?

Há muito, muito tempo. o Lixo não existia

Venho partilhar mais umas chapas curiosas, retrata um pouco a realidade que se vive por cá infelizmente...já agora...ate não está muito sujo...



Agora vejam as placas...e digam da vossa justiça....

Despesas extra na banda

Este fim-de-semana ficou marcado por alguns momentos pouco habituais para o comum dos tugas!
Para começar e para encabeçar a tabela dos gasoseiros (seja lá o que isto significa) TopeAlvim conseguiu a proeza de se enganar no caminho para casa e fazer uma inversão de marcha nas barbas de um polícia. Felizmente este foi muito prestável e permitiu-lhe escapar sem multa a troco de uma gasosa. E isto creio que o faz ser o recordista de gasosas dos vários elementos que compõem o tuganabanda. Parabéns ao TopeAlvim!!
Os meus parabéns também para o Na Ronha que consegue estar sempre presente nestes momentos, persentir que a coisa não vai correr bem, avisar toda a gente e ser completamente ignorado!
Para não ficar atrás eu e o Pedro Gordalina resolvemos inovar também. Após uma tarde muito bem passada no Miami, um bar junto à praia a beber uma merecida cuca e a conversar alegremente resolvemos ser muito tenrinhos ao voltar ao carro... basicamente cometemos um erro muito comum na tuga. Não trancámos a porta do carro a tempo e o arrumador amigavelmente resolveu abri-la e aumentar o preço de estacionamento, em troca de proteger o carro dele próprio e dos amigos dele.
Felizmente e para provar a sua simpatia perante nós, ajudou-nos a tirar o carro sem bater nos restantes carros estacionados à nossa volta! Da minha parte cá vai um grande obrigado a todos!!

Condução na Banda

Conduzir na banda é um desafio muito interessante. Ao contrário daquilo que estamos habituados na tuga há certas regras que são adaptadas de forma diferente cá na banda. Passo a mostrar alguns exemplos:
Prioridade - Quase não existem semáforos a funcionar. Neste Caso quando se chega a um cruzamento e como chegam carros contantemente de todos os lados a famosa regra da prioridade pela direita não se aplica. Assim existem apenas duas regras válidas: A regra do primeiro a chegar é quem passa, ou mais comum, que é o carro maior quem passa primeiro. (Candongueiro passa antes de todos menos presidente, ministro ou policia, por esta mesma ordem);
Sinaleiro - Ao contrário da tuga, no qual o sinaleiro está em desuso, aqui na banda sinaleiro é comum. E sempre que existe um sinaleiro, pode-se afirmar com algum grau de certeza que vamos apanhar um engarrafamento. A normal anarquia do trânsito é quebrada, bem como a sua normal fluidez.
Mota - Código da estrada não se aplica. Ao contrário de todos os outros veiculos, pode fazer o que muito bem entender e da forma que entender. Ex: pode andar em qualquer das faixas de rodagem, independentemente do sentido ou da eventual proibição de andar nesse mesmo sentido. Pode andar fora da faixa de rodagem, como por exemplo no passeio. Não tem que usar capacete. Não tem que acender luzes. Sendo mais criativo poderia arranjar aqui mais exemplos interessantes. Mas acho que já compreenderam o ponto.
Candongueiro - Igual ao código para a mota. Candongueiro pode inclusivé criar os já famosos corredores "bus" de Luanda. Já agora, entenda-se que este corredor "bus" pode consistir numa faixa ao lado da única faixa existente numa estrada, ou pode incluir andar por fora da estrada!
Peões - Andam regularmente pelo meio da estrada, visto os passeios estarem demasiado ocupados com água ou esburacados. Fora das localidades andam de qualquer maneira e feitio. Por vezes pensam que têm prioridade sobre os demais utilizadores da estrada.
Policia - Nunca aparecem quando fazem falta ou quando podem realmente ajudar o trânsito (Ver Sinaleiro). Normalmente só são vistos quando algum pula desrespeitou uma regra de trânsito e com o intuito de os facilitar o pagamento da multa.
Sinalização Vertical - Podem ou não existir, tendo independentemente de existirem ou não que ser cumpridos na integra. (Pelo menos pelos pulas)
Sinalização Horizontal - Ornamentação que existe em poucas estradas cá na banda.
Caravana Presidencial - Tem prioridade total e absoluta. As estradas são fechadas para a sua passagem. É frequentemente visto junto a vastos números de efectivos da policia ou exército.

Sebem!

bem, eu estive com este jovem no elevador! Brutal - não sei se ele é o autor ou se é remix ou cover do Helder o Rei do Kuduro (segundo a "minha" Liliana - grande cultura musical hein!). Aliás parece que é dele a expressão Tassebem!

update 17-03-2011 - curiosidade: depois de conferenciar com locais descobrimos que o Helder o Rei do Kuduro gosta de reaproveitar vários hits originários de Angola para os levar ao sucesso em Portugal.

Jantar na banda

Hoje tudo correu bem... até chegarmos a casa e descobrirmos que desta vez cortaram o gás...
Então decidimos ir jantar ao Famoso Hamburguer do Maculusso!
Não me vou alongar mais. As fotos falam por si mesmas

Mais um dia na Banda

Quando eu pensava que finalmente ia ter um dia normal, eis que tenho mais um dia com história! Mas até começou bem. Juro que começou bem.
Teve dois momentos muito interessantes!!
No primeiro, cheguei ao local de trabalho após o almoço tocamos à campainha e... nada!! Quero dizer nada mesmo, nem ninguém nem chave. Absolutamente nada!
Após não conseguir entrar no trabalho, fui até casa para acompanhar algumas reparações da casa, tais como o gerador (O famoso gerador), AC's, torneiras, instalação TV, etc. Garantiram-me que estavam todas as pessoas lá a trabalhar.
Cheguei, tive a falar colegas nossos que tratam destes e doutros problemas e com o senhorio. O Quórum até prometia, mas lamentavelmente faltaram todos os técnicos com a honrosa excepção dos técnicos de tv. Que lamentavelmente também não tinham o equipamento necessário à instalação de um sistema de TV, em que todas as TVs fossem independentes.
Até a nossa empregada lá de casa não estava presente, apesar de serem umas meras 3h da tarde!
Entretanto já passaram 3 semanas e tudo o que temos de novo são umas cortinas!

Operação Dose Cavalar

Na operação efectuada no quarto nº3 foi apreendido:
- 18 Benurons
- 20 Ultra levures
- 32 Clavamox
- 10 Aspirinas
- 12 Oscillococcinum
- 20 Stresstabs
- 15ml Vibrocil
- 20 Cecrisinas
- 20 Dimicinas
- 40 Ananases
- 3 Claritines
- 12 Mephaquins
- 3 Azitromicinas

Mussulo

Como qualquer lugar do Mundo, ele há coisas boas e outras menos boas, Angola não é excepção... deixo-vos algumas fotos da ilha (peninsula) do Mussulo.

A viagem, tópê em acção

A travessia

A primeira impressão :)

BarSullo

BarSullo

BarSullo

Despeço-me com amizade até ao próximo post :)

O Trânsito na banda II

Complementando o post do Badé, deixo aqui dois pequenos vídeos que ilustram a nossa magnífica odisseia que nos levou a passar em três locais emblamáticos da cidade de Luanda, Musseque da Boavista, ex-mercado do Roque Santeiro e Musseque de São Paulo.

Despeço-me com amizade até ao próximo post :)

O Trânsito na banda

Segundo me foi dito, segunda-feira é o pior dia de Luanda no que a trânsito diz respeito! Mas nunca pensei que conseguisse ser tão mau como o esta segunda-feira. O nosso motorista foi-nos buscar, como sempre à hora do costume, no sitio do costume. Reparámos que o trânsito estava um poquito mais denso, mas nada de alarmante. Pelo menos do nosso posto de trabalho.
Mas adiante... como só tinhamos um carro disponível e éramos 6, dividimo-nos, e foram 2 primeiro e os seguintes ficaram mais um pouco. O plano, esse era simples. O motorista ia por os nossos colegas a casa e voltava para nos ir buscar a nós! Normalmente, mesmo com trânsito costumávamos levar 30m para cada lado. Sendo assim, mais ou menos uma hora depois de eles nos deixarem, resolvemos ligar ao nosso motorista, para ver se ele estava a chegar. A resposta não podia ser mais aterradora: "Estamos na Marginal". Pensei, "raios!! fizeram menos de 1km em uma hora!!" Começamos a discutir como íamos fazer para chegar a casa... já que pelos nossos cálculos seria possível só nos virem buscar daqui a 2 ou mesmo 3h. E decidimo-nos... por ir a pé!! 2 Kms de caminhada, carregados com computadores, de noite, numa terra que tem fama de ser bastante violenta! Ah! E claro, com 30C de calor húmido (Pois é... é que aqui na banda, mesmo de noite é bué quente!).
Mas não houve mesmo lugar para alarmes. O percurso foi feito em pouco mais de 20m, e chegamos ainda antes dos nossos colegas. A escorrer em bica é verdade, mas mesmo assim, diria que foi bastante fácil de fazer.
Quanto aos nossos colegas, chegaram a casa uns bons 20m depois de nós, a dizer que o motorista lá conseguiu arranjar (ou inventar) um atalho e que por isso felizmente só demoraram 1h 45m a fazer 2kms!

Luanda tem destas coisinhas...

Ao fim de duas semanas de Luanda e conseguimos a proeza de ainda não ter um gerador a funcionar. Já o vieram arranjar 3 vezes. Na primeira vez colocaram a bateria e disseram que estava tudo bem... Da segunda vez fizeram não sei o quê e disseram que faltava combustivel. Colocámos combustivel e que se passou? adivinhem?? Acho que adivinharam... passou-se absolutamente nada... não arrancou.
Estivemos a ver o que se passava e as mangueiras de combustivel estão a dar a lado nenhum. Também reparámos que o depósito de combustivel estava roto, pelo que tiveram que fazer uma terceira reparação. E o que fizeram? Adivinhem??
Acho que esta não conseguiram adivinhar... Trocaram o depósito de combústivel por outro depósito de combústivel... roto!!! Isso mesmo!!
Com os cortes de luz frequentes que existem só tinhamos que esperar pelo dia em que a luz faltasse durante quase todo o dia... E foi hoje!!!
Portanto, cá estamos, sem luz, consequentemente sem água, comida a estragar-se no frigorifico, e acima de tudo com um calor infernal em casa. Há lá melhor maneira de passar um fim de semana.

Estreias round #2

Ora bem, ontem fui um dia com algumas novas histórias para contar. Indo por ondem cronológica:

• Visitámos uma das praias de Mussulo (uma pequena península que acompanha Luanda) e tivemos novamente uma tarde de Sábado em clima tropical numa praia – em pleno Março. Genericamente positivo (temos direito a Sábados bem passados depois de uma semana a trabalhar, não é?), mas com as seguintes particularidades. Para ir para o fomos de barco e parámos o barco num estacionamento onde fomos completamente rodeados por um bando de crianças que queriam o direito aos seus trocos por irem guardar o carro. Consegui não atropelar nenhum (apareceram pelo menos 6 assim de repente e vieram a correr para o carro) e memorizei o nome do Zico para lhe dar 200 kuanzas no regresso).
  
• A viagem para a ilha já foi menos atribulada 10 pessoas num barco de pesca, com direito a salva vidas e demorámos ainda uns bons 20-30mins até chegar ao nosso destino. A envolvente do espaço era boa, repleto de palmeiras e água a uma temperatura perfeita. Agora o DJ que fez o CD que estava a tocar era assustador! Aquilo é que era barulho (muito e mau)! Claro que como nos esquecemos das cartas não tínhamos propriamente entretenimento. Regresso a horas decentes, menos trânsito e o Zico não ficou muito contente com o pagamento. Enfim, apenas segui as recomendações de quem já está cá há mais tempo.
  
• Regresso pacífico a casa e preparação para a noite que se revelou no mínimo estranha:
  
  • Vivemos realmente a primeira carga de água africana, ao mesmo tempo que no horizonte do oceano caíam uma série de relâmpagos. Estar debaixo das palhotas no Chillout não se revelou sustentável a longo prazo (mais do que 15 minutos) uma vez que a água começou a transbordar por todos os sítios e estávamos a ficar todos molhados. Muito giro, é mesmo como se vê nos filmes.
    
• Optámos depois por voltar a casa mas o caminho usual estava completamente alagado – metemo-nos por um outro local, mais manhoso. Assim sendo, 180º para trás e opção de ir em frente ou virar à direita, pelo menos segundo as indicações que estavam na estrada. Má decisão de ir em frente: tivemos o nosso primeiro encontro surreal com alguns "polícias" (sim, com aspas – mas acredito que tenha sido um mau exemplo) cá no sítio. Mas isso é história para outro post – este já está grande.
  

Estreias

Hoje uma bela noite de estreias – comi o que um dos, ou o "melhor bife de pimenta de Angola", que não sei se ganha prémio, mas que é muito bom é (tratam-se mesmo muito bem aqui, não me canso de dizer). Condução pela primeira vez de um carro com mudanças automáticas (ou jipe, ou uma coisa um bocado maior que o meu Clio) com relativo sucesso – no trânsito calmo e nocturno de Luanda. Saldo quase perfeito: acabei por não atropelar ninguém, nem riscar/amolgar o carro. Mas pronto, quase a chegar a casa acabo por me enganar numa curva e entrei por um sentido proibido (o sinal estava meio escondido e distraí-me por causa de quatro gralhas que estavam no carro :P), mas no final isto acabou bem. Agora uma coisa é certa: abençoados motoristas que levam o carro todas as manhãs para o trabalho!

[actualização 5min depois do post] E é muito bom chegar a casa e matar saudades ao ver fotografias da sobrinha no Carnaval, mascarada de princesa Leia com um fato oferecido pelo tio!

Profissão: Problem Solver

Como grande adepto da "usabilidade" das coisas, não podia deixar passar o facto das casas de banho não estarem identificadas. Sem fita cola mas com post-its, resolveu-se o problema.

Feels like home

Apesar da distância, a noite de ontem foi especial. Poderia ter sido uma qualquer noite de amigos em qualquer cidade de Portugal.

Futebolada na TV (Braga-Liverpool, CSKA-Porto e Benfica-PSG) e uma jantarada, desta vez calhou-me a mim preparar o sumptuoso repasto.

Optámos por uma massada de peixe e a julgar pelos sorrisos dos nossos comensais julgo que o prato teve sucesso. Ainda para mais regado com umas belas Cucas :)

Citando um grande senhor da televisão Portuguesa, "Despeço-me com amizade, até ao próximo programa"

Respeitinho

Ontem à noite passou-se uma das coisas que me deixou mais triste até agora.
Estavamos fora de casa, após o jantar, pelo que deveriam ser umas 20h 30m, quando veio ter connosco um dos nossos seguranças a dizer que o chefe dele não aparecia desde as 7h da manhã e que como ele trazia a comida, não comia desde essa altura.
Sei que há mais pessoas com fome por estas bandas do que na Europa. Sei também que não podemos ajudar toda a gente. Mas o que na realidade me choca mais, é a grande falta de respeito pelas necessidades básicas dos outros que o caso mostra...

Primeiro aniversario em Luanda

Tinha de me calhar a rifa, como tenho a sorte de fazer anos a seguir a um dia característico lá fui o primeiro a fazer anos cá.

Como não é uma data à qual dou muita importância, muito menos considerando que nos encontramos longe das pessoas de que mais se gosta e ainda por cima tornou-se mais tarde também um mau dia para ligar para Portugal, o Skype estava de mau humor...

Contudo…após um dia animado lá fomos jantar numa pizzaria aqui perto de casa então e não é nesse momento logo após o jantar que o empregado de mesa me aparece com uma fatia de bolo e uma vela! E eu penso "hum?" a tão não é que os meus colegas arranjaram uma forma de me cantar os parabéns!!!...Realmente apanharam-me desprevenido…conseguiram assim tornar mais um dia num aniversário especial quando menos estava à espera...

Como alguém me disse hoje "…podes ter a certeza que quem gosta de ti não te julga pelas escolhas erradas, mas sim, ajuda-te a superar as dificuldades..."…obrigado ;)

Ps: ainda tive direito o jantarinho há borla, nada mau ;)

Primeiro a marcar pontos!

Doloroso qb - nada como pensar que se comeu demais antes de sair de casa para ir para o "chill-out" e passar por uma horita e meia de sofrimento. Mas afinal nada passou de uma digestão parada que se resolveu da melhor forma. Agora, não sei se foi o Palmier do Nicolas, que na altura me soube lindamente, tão pouco se foi o peixe "incógnito" grelhado ao almoço. Passo a explicar - havia 1 prato do dia de peixe e a sra. que nos atendeu não sabia qual era e depois de ter perguntado à cozinheira, não soube explicar qual era. Mas tinha razão: era muito bom, com batatinha doce a acompanhar. Portanto, independentemente do que me tenha causado esta coisa valeu a pena! Ou, então foi do Mephaquin, que é o medicamento que a maioria de nós está a tomar para a Malária. Ora vejam a lista dos efeitos secundários. É um crescendo lindo :)

The following side effects may occur when mefloquine is used: dizziness, nausea, vomiting, loss of appetite, soft stools or diarrhoea, abdominal pain, balance disturbances, headache, fatigue, sleep disturbances, severe nightmares and numbness. In rarer cases circulation disorders (leading to high or low blood pressure), reddening of the skin, fainting, palpitations, difficult breathing, sweating, digestive disorders, irregular or slower heart rate, itching or skin rashes, loss of hair, visual disturbances, hearing disturbances, chest pains, ringing in the ear (tinnitus), weakness, feeling unwell, tiredness, fever, shivering, coordination disturbances, sensory deficits of the nerves, shaking, water retention in the tissue, muscle pains, muscle weakness, muscle cramps, joint pain, convulsions and psychic disturbances such as despondency, depression, forgetfulness, hallucinations, aggression, panic attacks, confusion, restlessness, mood changes and anxiety states may occur. Rare cases of suicidal thoughts and suicide have been reported, however a link with the drug has not been proved. In the following cases you must immediately discontinue the prophylaxis with Mephaquin and consult a doctor:

• If sudden anxiety states, severe depressive moods (depression), restlessness, epileptic attacks or mental confusion develop.
• If other symptoms (e.g. skin rashes) occur. Remember that adverse effects can occur or last for several weeks after the last dose of Mephaquin.

Carnaval na banda

Foi um carnaval em cheio! Jantar em casa, conduzir pela primeira vez em Luanda, que não foi muito complicado, tirando o conduzir um carro com mundanças automáticas. Ir até ao Chillout para ver como bate o carnaval da banda!
Estacionamento à porta, e entrar. Primeira impressão, vazio. Mas rapidamente começou a encher. E muito! E apesar de estarem 30C acabou por chover um pouco, continuou a entrar gente. Gente por todos os lados, trajados a rigor e com vontade de celebrar o Carnaval como se não houvesse o amanhã! Da nossa parte, a mesma vontade de celebrar!! Bem... nem todos... Parece que um dos nossos teve uma indisposição e passou o inicio da noite em sprints para a wc para aliviar. Renasceu das cinzas ainda bem a tempo de curtir uma excelente noite, com musica brasileira como se impunha no carnaval, só que com um mau Mete-discos!!
Já mais tarde foi o regresso a casa para descansar um pouco antes do feriado!

Porque a vida em Luanda não pode ser sempre dureza

Porque a vida não pode ser apenas dificuldades…fazemos os possíveis para nos tentarmos divertir e nos abstrairmos das saudades de casa!

Portanto rumamos em direcção a Cabo Ledo uma praia muito falada pelas pessoas que cá estão à mais tempos, junto algumas chapas às já postadas pelos meus companheiros de guerra!

A caminho, ponte sobre a barra do kwanza

A caminho, Miradouro da Lua !

Já nas praias

O almoço de trabalhador

Como a vida é dura...

Oceano tropical é mega

Ok. Eu que nunca fui um grande fã de praia, rendo-me. Mar a mais de 25ºs é qualquer coisa de fantástico. A envolvente é um pouco abusiva em termos de calor, mas vale bem a pena. Acho que devem por fotos por aqui em breve, por isso não me vou alongar muito. Apenas recomendo. E no regresso vi novamente uma série de coisas bizarras, mas houve uma que se destacou. Um grupo de amigos a jogar basket em que a tabela estava colocada no meio de um entroncamento. Gostava de ver o que acontecia se num lançamento a bola não acertasse na tabela, mas sim num dos poucos carros que seguiam. Tranquilo!

Mais animação

E pronto, acabadinhos de chegar a casa, com mais compras feitas numa ourivesaria mais barata que descobrimos ao pé casa, tivemos mais um pouco de animação. Domingos, um dos nossos seguranças entra no pátio e chama-nos de uma forma alarmada – "incêndio!". Ui, quase que deu para ficar assustado, mas felizmente foi uma coisa pequenina dentro da casa de um vizinho. É engraçado, ouvi comentários semelhantes ao que ouvimos em Portugal: "Bombeiros e polícias quando são precisos nunca mais chegam!", "Agora vai ser bonito!", "Aquele carro na estrada está a bloquear a passagem – não vai dar para passar o carro dos bombeiros!". E depois, fiquei surpreendido pela positiva por duas coisas: os bombeiros não devem ter demorado mais de 10 minutos a chegar – foram bastante rápidos (ainda bem que é fim de semana!) e pelo espírito de entreajuda. O Dono do carro que bloqueava a passagem realmente não se encontrava nas redondezas, não atendia o telemóvel e ainda por cima o jipe tinha mudanças automáticas. Não era possível empurrar o carro. Solução rápida – uma pessoa liderou um grupo de vizinhos que ajudaram a abanar o carro para o puxar para o lado. O camião passou e não estragou nada! Muito bom o espírito de entreajuda. E no final, vestido a pseudo travesti (um vestido de mulher por cima de um macaco) gritava com tom de ironia – "está tudo bem, não morreu nenhum branco!".

Nota: a ourivesaria podia ser mais barata, mas a embalagem de 6 danacois custava 15€. Medo.

Descanso?

Afinal a noite foi pacífica, fora o barulho. Como desconhecíamos a envolvente, e sem a companhia dos locais ou dos mais experientes, acabámos por ficar em casa a sociabilizar. E jogar um pouco xadrez. Aliás, temos um professor federado cá em casa, com o qual vai dar para aprender muito, estou a ver. Mas agora está tudo em casa e vegetar, depois de uma caminhada de duas horas pelo centro de Luanda durante a manhã. Calmo, pacífico, algumas pessoas e muito porreiro para conhecer a cidade sem ser nos trajes normais. Dos candongueiros, não muito cheios que passavam, alguém perguntava sempre se queríamos ir para Talatona (alegadamente um dos bairro finos/novos da cidade). Sorrimos sempre e continuámos a andar a pé. Havemos de experimentar uma coisa destas em breve.

Primeiras impressões do fim-de-semana

Pois é... por aqui o fim-de-semana já começou, e começou bem. Música a metro, desde 6a-feira à noite até agora. Sempre sem parar!!
A primeira manif mostrou ser muito pacífica, pelo que optámos por sair um pouco de casa. E lá fomos dar uma volta a pé. Fomos até ao kinaxixi, depois passamos pelo hotel trópico, descemos até à baixa, marginal, e voltamos para cima, com uma paragem para café e bebida no famoso restaurante/gelataria "Tendinha". Comprar o jornal "a bola", e descobrir que é praticamente composto das notícias da liga portuguesa, falando apenas um pouco do "girabola".
Depois o regresso a casa, para descansar um pouco e tomar um duche. O calor por aqui aperta e já nos encontrávamos a nadar em suor. (Roam-se de inveja!!)
Em jeito de conclusão, diria que este passeio serviu para confirmar a minha impressão descrita no post "Luanda um ano depois". A cidade está mesmo a melhorar a olhos vistos!!

Sexta feira à noite (por enquanto) em casa

Às 22 horas e trinta minutos do quarto dia o seguinte foi dito: “Clítoris é parecido com Nicolas”. Estamos cansados, é verdade. E se calhar ainda vamos dar um saldo ao Valodia. Realmente, isto promete.

Luanda um ano depois

Estou de volta a Luanda, passado um ano. Confesso que é engraçado voltar a Luanda um ano depois, e como não podia deixar de ser estou a confrontar as minhas memórias desse tempo, com aquilo que tenho visto nos últimos dias.
E é engraçado sentir o que mudou na cidade durante este curto espaço de tempo. A primeira coisa que salta à vista é claramente o número de prédios altos que existem na baixa. Tenho a ideia que o número de Arranha-Céus cresceu bastante. Modernos, vistosos, coloridos, que a meu ver dão muito mais vida à cidade. Às vezes um pouco de vida a mais, como se pode notar no trânsito existente. Mas o que mais me surpreendeu foi o facto de existir mais comércio, ao existirem mais lojas e visualmente mais apelativas do que à um ano. É verdade que ainda existem lojas que estão por pintar, mal iluminadas mas são cada vez menos!
Ainda de notar que mesmo os prédios mais antigos começam a ser pintados e a terem melhor aparência.
Para os mais saudosistas, só quero dizer também que o prédio da cuca foi evacuado recentemente devido a problemas estruturais.

Primeiro fim-de-semana na banda!

Pois é, ao fim de quase uma semana cheia de peripécias, eis que chega o nosso primeiro fim-de-semana na banda!
Grandes espectativas se abrem sobre este grande momento:
1.Sábado - Manifestação de apoio ao governo;
2.Segunda Feira - Manifestação de contra o governo;
3.Terça Feira - Desfile de carnaval;
Para além de todos os impoderáveis que possam acontecer nestes e noutros dias...
Diria que estão lançados os dados para um fim-de-semana em grande!

Pequenas diferenças

Já estou como o John Travolta e as “pequenas diferenças”, quando comparo Portugal e Angola. Esta foi a primeira que me veio à cabeça – é familiar ouvir os barulhos de ambulâncias/carros da polícia a aumentar de volume até se tornarem incomodativos (enquanto passam perto) antes de desaparecer. Aqui até é parecido, mas em vez de demorar 15 segundos, pode demorar uns belos 15 minutos. O trânsito é mesmo assim tão bom :)

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Seguranças

De tudo o que Angola tem, aquilo que me é mais difícil de aceitar é a quantidade de armas que se vêm pela rua. Para quem não esteve em Luanda, grande parte das lojas, algumas casas e os balcões dos bancos costumam ter segurança à porta. A grande maioria destes seguranças possui armas, que mostra alegremente pela rua.
E não estou a falar de meras pistolas da treta como as que os agentes da polícia em Portugal tem, e que são mais baratas que o próprio coldre! (E possívelmente menos eficazes). Estou a falar de armas automáticas de calibre militar, especialmente as famosas Kalashnikov. No entanto, também já vi M-16 e UZI.
Por vezes pergunto-me a mim mesmo o que poderá fazer uma pessoa num mau momento com uma arma deste tipo...

Choque com a realidade.

Ver seguranças (acho que este é o termo correcto, embora o uniforme varie bastante nos locais que visitamos) com Kalashnikovs piora um pouco as saudades de casa. Embora isto esteja a ser superior às expectativas que tinha inicialmente ver armas deixa-me desconfortável. Ok, estava na mão do nosso segurança enquanto apontava para o portão a dizer que se entrassem os malvados que tomava conta deles. Admito, já me senti mais seguro. Deixa cá ver como corre o fim-de-semana. Talvez dê jeito - descobrimos que vivemos a 50 metros da Discoteca Valodia, que está no 1º andar de um prédio de habitação e não sabemos quem frequenta aquilo. Medo.

correcção a 2011-03-04. Tinha "minutos" em vez de "metros" sobre a discoteca "Valodia" (é o que dar fazer posts a meio da noite)

Ourivesarias

Já quase passou uma semana e já investigámos 4 supermercados, as “ourivesarias” cá do sítio (termo utilizado pelos veteranos). As contas são simples – 1000 Kz equivale a qualquer coisa com 10$ o que é bom para converter para €. E comprámos o bacalhau mais caro da nossa vida (acho que foi mais caro que nos EUA)! E vimos hoje uma caixinha de morangos a cerca de 35€. Mas nem tudo é caro – pastas e escovas de dentes (colgates e afins) são ao mesmo preço, ou mais até baratas (à volta de 1 euro). Os vinhos custam cá mais ou menos o que custam num restaurante em Portugal (nem é tão assustador assim), a cerveja custa mais ou menos o mesmo que num cafezito e a carne é boa. Dependendo do sítio onde vamos já vimos peixe com ar medonho, assustador e congelado – ou seja, ainda não nos arriscámos a comprar frescos. Embora tenha já comido uma “garoupa à fortaleza” que me encheu as bem medidas!

Luanda uma cidade suja?

Outra curiosidade é o numero de pessoas que se vê diariamente a limpar as ruas da cidade...e como não podia deixar de ser aqui fica a primeira chapa do blog...

A segurança no nosso lar e no envolvente

Uma das coisas que me preocupava ao vir para Luanda era a segurança que iria sentir tanto na rua como em casa, de certa forma começa a deixar de ser uma preocupação assim tão presente e porque?

Ora essa Vanessa!!! em casa temos seguranças…temos o Domingos um Sr. que não deve dormir muito bem durante a noite pois parece passar o dia com cara de quem não teve uma boa noite e é claro temos sempre o outro (podem haver mais mas até ao momento só vimos dois), Batista o Sr. que anda com uma kalashnikov para o caso de aparecer alguma coisa, o que não sei…ver se arranjo uma foto para a prosperidade.

Em torno da casa, as coisas não são más…embora exista sempre uns recantos mais obscuros e grupos de malta assim mais duvidoso, mas temos:

A D. Rosa o seu pão fresco ao fim do dia (de manha comes o do dia anterior) e o seu famoso bitoque, algo que ainda não tivemos coragem de provar mas certamente vai valer uns valentes pontos.

Temos ainda um supermercado bacano onde temos peixe fresco que de fresco apenas tem o facto de estar no frio porque pela cara que eles tinham aquele peixe devia de ter uns quantos dias…uns quantos…mesmo para a malta da carne existe o verdadeiro do bife da vazia que já meu valeu uns pontos após encontrar-mos uma peça no congelador que nem congelada estava.

Temos é claro muita coisa que ainda não fomos explorar talvez este fim-de-semana tenhamos novidades relativamente ao envolvente da casa.

Custo de vida

A questão do custo de vida em Luanda é algo que acho incrível, a disparidade entre a pessoa que tem e a que nada tem, nada de novo eu sei, mas quando se vê, tanto um grupo de gente a comer do lixo como uns quantos Cayenne's a passar a verdade é que pelo menos eu não consigo ficar indiferente a esta questão.

Os preços da comida é sempre aquele grande “depende”, depende do que? Depende do que se compra e onde se compra, tanto temos um pacote de leite mimosa a 2€ como um champô Linic a 4€ e uma "cuca" (cerveja nacional) a 0,75€ e há sempre possibilidade de comprar bacalhau a cerca de 25€ o kg. Há coisas muito caras, mas também as temos a preços parecidos aos praticados em Portugal, comer fora é que é "estupidamente caro". E é claro depois há aquele “pula” que grita no supermercado “Epá tão poucos zeros na conta a senhora deve ter-se enganado”, nada de especial se não tivermos em conta que a porta estariam cerca de 3 pessoas a comer do lixo…